sábado, agosto 16, 2008

Reencarnação

Saiu apressada do quarto dele. Desta vez, havia demorado mais do que o planeado, que podia fazer? Aquele tipo de coisa não se planeava. O palácio parecia silencioso, nem uma alma-viva se ouvia.

Contudo, sentia-se observada!

Sabia que a corte falava nas suas costas a cerca das visitas ao futuro rei e pelo que lhe haviam dito nem a rainha nem o rei apreciavam aquele falatória ou as visitas.

Mas, não, sentia-se realmente observada! Alguém se aproximava, sentia-o, quase que o ouvia. Mas quando olhava, nada via. Já agarrava no vestido para que pudesse andar mais depressa de modo a chegar aos seus aposentos. Quando ia, finalmente, a sair do corredor que dava passagem ao quarto do príncipe, olhou rapidamente para trás para verificar que ninguém a seguia. Mas, quando virou a cabeça para a posição inicial, deparou-se com o seu pesadelo. Um homem, que já vira na conversa com o rei, trespassava-lhe o peito com um punhal, enquanto a olhava nos olhos. Não fora justo para com ela, apunhalara-a perto do seio direito, contrário ao coração. Agora, agonizava, o seu assassíno desaparecia.

Bem, esta historiazinha não apareceu bem do nada. Estava eu a ler sobre reencarnação na net, quando num dos sites diz que, por vezes, no corpo em que reencarnamos existem marcas físicas da nossa vida passada. Então, juntei o facto de ter uma marca de nascença no local em que a personagem foi apunhalada e o de que, quando saio do meu prédio, olhar frenecticamente para trás e depois para a frente. Tchan-nham!